Quais foram os filmes que me fizeram ganhar (ou perder) horas de vida?

Esta é a lista de novembro de 2024

Olá, aqui é o Lucas! Como você está?

No início de cada mês, quero enviar a lista dos longas que vi durante o mês anterior. Começando com novembro de 2024. É uma lista simples, com um comentário breve nos filmes em destaque.

Você pode me adicionar no Letterboxd, e ter um spoiler dessa news, antes dela ser publicada! É só ir em: https://letterboxd.com/luquinhascine/

1/11

The Substance

Mubi

Este filme conseguiu é deliciosamente nojento. E olha que eu nem sou fã de terror… Mas esse filme despertou uma curiosidade em mim.

O longa me deixou bastante impactado não apenas com a parte do terror corporal (algo muito citado por todo mundo que fala do filme), mas especialmente pela forma com que cria metáforas visuais para os temas que busca debater.

3/11

Megalopolis

Cinema

Existem filmes difíceis de entender, e que precisamos assistir várias vezes até compreender o que o autor quis passar - ou até mesmo para encontrarmos uma interpretação pessoal que nos satisfaça.

Em Megalópolis, o Coppola parece não saber o que contar. Foram mais de 30 anos pra lançar o filme que conta a história que sbrabâus.

3/11

Four Unloved Woman, Adrift on a Purposeless Sea, Experience the Ecstasy of Dissection

Mubi

Assisti esse filme em um misto de querer algo do Cronenberg e querer tirar o gosto ruim que o Megalópolis tinha deixado… Não entendi muito, mas é um filme visualmente muito impactante.

Apesar disso, eu acho que só gostei deste curta, porque é um filme do Cronenberg. E tá tudo certo, porque isso engloba vários aspectos. Sim, saber que fez é importante, mas eu só conheço ele, porque o seu trabalho é incrível.

9/11

Ainda Estou Aqui

Cinema

Talvez o filme mais impactante que eu assisti em muito tempo. Até agora, a história da família Paiva foi a pedrada do ano.

Cada vez mais o cinema é um veículo para a veiculação de biografias, e essa aqui é um primor, e mostra como este tipo de filme deve ser feito: é pego um recorte e explorado como aquele momento impacto a vida dos retratados.

Pra mim, é estranho ver a Fernanda Torres em um papel tão sério e pesado, já que estou tão acostumado em vê-la em comédias como Saneamento Básico. Mas esse estranhamento acaba sendo convertido em admiração ao final do filme.

10/11

Pânico

Netflix

Como A Substância me deixou com uma vontade de ver filmes de terror, decidi revisitar um longa que assisti assim que saiu em VHS: Pânico.

Esse filme era uma febre entre os adolescentes da época, e eu lembro de estar em uma sala de estar, com cerca de 10 amigos e amigas, assistindo o VHS em uma TV de 20 polegadas.

O longa é muito tosco, mas ainda é divertido.

14/11

Gladiador 2

Cinema

Não é a minha maior decepção do ano, mas é quase.

Uma história muito ruim, mal desenvolvida, com diálogos toscos e cenas de ação chatas pra caramba. Aquela cena do rinoceronte… O Ridley Scott diz que era uma cena do Gladiador original, e que o produtor cortou, porque seria muito caro.

Acho que é balela. Ele cortou, porque se a cena é um lixo hoje, imagina há mais de 20 anos.

Pascal e Mescal: ótimos atores com personagens rasos e chatos. O mais interessante é o Denzel Washington.

14/11

Pânico 2

Netflix

Me empolguei após rever o primeiro filme da série e decidi continuar e assistir todos os longas desta franquia.

Parei no segundo. Quando eu era adolescente, gostava mais desta continuação, e a situação se inverteu agora.

Este filme é tão chato, que eu fiquei me perguntando qual teria sido a pior decisão do dia: ter ido ao cinema assistir Gladiador 2 ou rever pânico 2 ao invés de jogar Elden Ring.

17/11

Paris, Texas

Telecine

Esse é um daqueles filmes que eu sempre ouvi falar que era incrível, mas não tinha acesso ou uma oportunidade de ver. Finalmente remediei isso.

Em 2024 tenho me aprofundado no trabalho de Win Wenders e TUDO que assisti até agora é maravilhoso.

Paris, Texas é um filme que explora um tópico bastante pesado, mas faz isso com grande sensibilidade. Cada cena te instiga mais, e você fica preso nas dores do protagonista e de como ele impactou (e impacta) aqueles ao seu redor.

É muito curioso como ele brinca com algumas expectativas que qualquer pessoa que já assistiu mais de dois filmes tem, e destrói elas com um plano sequência de 20 minutos (ou quase).

22/11

Louca Escapada

Telecine

Um dos primeiros longas do Steven Spielberg, que eu me lembrava de ter visto apenas uma vez, de madrugada, depois de ter voltado de uma festa. Tinha gostado, mas nunca mais havia retornado para o filme.

Assistindo cerca de 20 anos depois, me conectei com o filme de uma maneira diferente. Lembro que, em 2004, eu tinha visto a história de uma pessoa jovem, que desejava muito algo.

Hoje, eu vi a história de uma pessoa jovem que não sabia como se encaixar na sociedade, não tinha uma rede de apoio, e tomou decisões terríveis, na busca por fazer o papel que os outros esperavam dela.

O longa, de um Spielberg ainda cru mas já com uma sensibilidade ímpar, retrata que existe todo um aparato para impedir que o status quo seja questionado, mesmo por aqueles que são responsáveis por mantê-lo.

23/11

O Mágico de Oz

Max

Eu lembro que, desde criança, eu odiava esse filme. Portanto, já tinha uns 35 anos que eu não assistia. Resolvi rever por causa de Wicked.

Só pra esclarecer, que por detester O Mágico de Oz, nunca me interessei por Wicked.

Gente, que filme ruim. Músicas chatas e uma mensagem tão ruim para um filme infantil. Eu fiquei abismado que, assim que a Dorothy chega em OZ, ela comete um homicídio (mesmo que sem a intenção), e as pessoas ficam 20 minutos dançando em torno do corpo da bruxa.

Sou contra festejar a morte do opressor? De forma alguma. Mas existem filmes que fazem isso de uma maneira melhor do que mandar o legista da cidade pra confirmar que o corpo está inerte. Lembrando que este é um filme infantil.

23/11

Wicked

Max

Só pra esclarecer, que por detester O Mágico de Oz, nunca me interessei por Wicked.

Achei um filme incrível! Não quero dar spoilers aqui, mas quero dizer que o casting é ótimo (quase todo, pq aquele príncipe é sem carisma. Tá na bordinha de ser o Príncipe Encantado do Shrek). Fiz um episódio contando essa experiência.

Neste filme, temos uma forma de festejar a morte do opressor, que é adequada para um filme infantil.

27/11

O Dublê

Prime Video

Quando esse filme foi lançado, o Ryan Gosling estava ainda mais em destaque do que o normal, ainda por conta do longa da Barbie. Eu acho que isso eclipsou o lançamento desta película.

Acho que, assim como eu, muitas pessoas que gostam do Gosling, estavam meio sobrecarregados. Ele aparecia em tudo que era lugar cantando I'm Just Ken e deu uma saturadinha.

Mas o filme é muito, muito bacana. Divertido, com umas cenas maneiras, e o Ryan Gosling se divertindo. A Emily Blunt que é uma ótima atriz, parece que está com a cabeça em outro lugar. Mas funciona.

29/11

Guerra Civil

Max

Este longa teve uma repercussão levemente negativa, ao menos nas minhas fontes de informação sobre cinema. Por isso, deixei pra assistir só no streaming.

Fui bobo. Achei um filmaço, mas entendo o porque das críticas mornas ou negativas: as pessoas estavam esperando um filme sobre política - e isso não me parece ser a proposta.

O que eu vi foi um longa sobre jornalismo. Sobre a importância do jornalismo de guerra, como uma maneira de expor a realidade cruel do mundo, como uma maneira de nos fazer enxergar justamente o contrário do que a “fábula do herói de guerra” nos tenta vender.

Mas também é um filme sobre a vocação NO jornalismo, tanto quanto a vocação DO jornalismo. Por isso o filme busca mostrar o contraste entre 4 visões sobre a reportagem de guerra e sobre como a lente destes jornalistas, também é responsável por nos dar uma perspectiva sobre os fatos que estão sendo cobertos.

Filmes que não me importo a ponto de fazer uma resenha